Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte
EBD 2° Trimestre De 2025 | CPAD Juvenis – TEMA: Uma viagem pelo novo testamento | Escola Biblica Dominical | Lição 04 – Cronologia do Novo Testamento
Texto Áureo
“Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte”. (Mt 17.1)
Leitura Diária
Segunda – Mt 26.31,32 ★ Jesus prediz onde aparecerá ressureto
Terça – Mt 15.21,22 ★ Jesus em Tiro e Sidom
Quarta – Lc 7.1 ★ Jesus em Cafarnaum
Quinta – At 18.18 ★ A ida de Paulo à Siria
Sexta – Tt 1.5 ★ A necessidade de presbíteros em cada cidade
Sábado – Ap 4.1 ★ Um a porta aberta no Céu
Leitura Bíblica em Classe
12. Jesus, porém, ouvindo que João estava preso, voltou para a Galiléia.
13. E, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zebulom e Naftali.
14. Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaias, que diz:
15. A terra de Zebulom e a terra de Naftali, junto ao caminho do mar, além do Jordão, a Galileia das nações.
16. O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz raiou.
17. Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
18. E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
19. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
20. Então, eles, deixando logo as redes, seguiram-no.
21. E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes: e chamou-os.
22. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.
29. E logo, saindo da sinagoga, foram à casa de Simão e de André, com Tiago e João.
30. E a sogra de Simão estava deitada, com febre; e logo lhe falaram dela,
31. Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e levantou-a: e a febre a deixou, e servia-os.
32. E, tendo chegado a tarde, quando já estava se pondo o sol, trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos e os endemoninhados.
33. E toda a cidade se ajuntou à porta.
34. E curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios, porque o conheciam.
Conectado com Deus
Depois de uma exaustiva caminhada, sentar-se embaixo de uma boa sombra pode nos proporcionar grande alívio e até renovo para completarmos a jornada. Por isso, o sábio Salomão comparou a sabedoria e o dinheiro com esta sombra, pois ambos podem oferecer descanso e proteção. Entretanto, o sábio ressalta o motivo de a sabedoria ser ainda mais excelente: apenas ela dá mais que um alívio momentâneo, “dá vida ao seu possuidor” (Ec 7.12). Que no lugar de ambicionarmos apenas a breve proteção que o dinheiro pode trazer, busquem a excelência da sabedoria, que traz legítima abundância de vida.
Objetivos
CONHECER a história da compilação dos livros do Novo Testamento.
SABER que os primeiros cristãos só tinham acesso ao Antigo Testamento;
COMPREENDER que os livros não estão dispostos em ordem cronológica.
Antes da aula
Professor(a), não permita que a sua aula seja apenas a leitura do texto da revista diante dos juvenis. Cuidado, pois o seu ministério e responsabilidade vão muito além. Se você apenas ler o comentário presente em suas revistas, os seus alunos considerarão a sua presença na sala desnecessária, afinal eles são alfabetizados. A verdade é que eles esperam ser surpreendidos com algo que ainda não sabem sobre o assunto apresentado, alguma curiosidade interessante ou aplicabilidade “personalizada” às suas vidas. Afinal, você conhece como ninguém as peculiaridades e necessidades da sua classe. Por isso, aprofunde-se no estudo da lição e motive os seus alunos a fazerem o mesmo. Esforce-se por encerrar as suas aulas sempre deixando um “gostinho de quero mais”, motivando-os a ampliar o estudo, pois sempre há muito mais a ser explorado, já que a Palavra de Deus é uma fonte inesgotável de sabedoria.
1. OS PRIMEIROS CRISTÃOS E AS SAGRADAS ESCRITURAS
Nos anos iniciais da Era Cristã, os crentes tinham como Palavra de Deus, chamada também de “Escrituras” (Mt 26.54; Lc 24.27,45; Jo 5.39), apenas os livros do Antigo Testamento (AT), já que os livros do Novo Testamento (NT), evidentemente, ainda não haviam sido escritos. Evidenciando a conexão e legitimidade de ambos, comumente vemos em trechos do NT, histórias presentes no AT. Dentre os muitos exemplos estão o profeta Jonas e a rainha de Sabá, que foram mencionados pelo próprio Jesus (Mt 12.39-42; Lc 11.29-32; Jn 1.17; 1Rs 10.1-13). Em Mateus 23.35, Jesus também citou as mortes de Abel e Zacarias (Gn 4.8; 2 Cr 24.20), além de muitos outros momentos em que o Mestre explicou ou fez menção à Lei de Deus. Em referência a Isaías 10.22,23, o apóstolo Paulo falou sobre a salvação do remanescente de Israel (Rm 9.27); já o escritor da Epístola aos Hebreus, no capítulo 11, sintetizou muitas passagens bíblicas do Antigo Testamento, citando pessoas como Abel, Caim, Enoque, Noé, Abraão, Sara, Isaque, Jacó, Esaú, José, Moisés, Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi e Samuel. Satanás, “a antiga serpente”, é mencionado desta forma em Apocalipse 12.9, em alusão à sua atuação em Gênesis 3.1,4.13.
2. A COMPILAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO
Segundo explica o saudoso pastor Antonio Gilberto, em sua obra “A Bíblia através dos Séculos (CPAD)”, a formação do Novo Testamento teve apenas duas gerações. Em 100 d.C., todos os livros já estavam escritos. “O que demorou foi o reconhecimento canônico, isso motivado pelo cuidado e escrúpulo das igrejas de então, que exigiam provas conclusivas da inspiração divina de cada um desses livros.”
O reconhecimento definitivo e fixação do cânon do Novo Testamento ocorreram no III Concílio de Cartago, em 397 d.C. Antes, porém, no ano de 367 d.C., uma lista com os 27 livros foi publicada por Atanásio, patriarca de Alexandria: a aceitação em 393 d.C. pelo Concílio de Hipona. A validação dos livros como canônicos passou pelo testemunho dos próprios apóstolos. Entre outras citações, o apóstolo Pedro, por exemplo, chamou as cartas escritas por Paulo de “Escrituras”, reforçando a legitimidade da inspiração divina em tais escritos (2 Pe 3.15,16). Em outra ocasião, Mateus e Lucas foram citados pelo apóstolo Paulo com a “Escritura” (1 Tm 5.18; Mt 10.10; Lc 10.7).
Quanto à ordem dos livros, para efeito de estudos, há três formas de organizá-los. Na primeira, os livros são dispostos de acordo com a tradução da Bíblia para o latim, a Vulgata, feita por Jerônimo, de 382 a 404 d.C. Na segunda, os encontram os organizados de acordo com as datas em que foram escritos. E na terceira, a ordem dos livros segue de acordo com a sequência dos acontecimentos (ordem histórica cronológica).
INTERAÇÃO
Faça uma lista no quadro ou em cartolina com os nomes dos livros do Novo Testamento de acordo com a ordem dos anos em que foram escritos, tomando por base o texto que consta no tópico 3 da lição. Mostre aos alunos que o Evangelho de Mateus, o 1° livro na ordem que temos na Bíblia, foi na verdade o 90° a ser escrito, e Tiago, o 20° livro em nossas Bíblias, foi na verdade o 1° a ser escrito. Explique à classe que pode haver variações em algumas das datas para mais ou menos anos, de acordo com o historiador ou pesquisa – o que não muda em nada a validade e veracidade do conteúdo aqui. Por exemplo, nos pautamos na pesquisa da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD).
Com a “Bíblia de estudo cronológica aplicação pessoal”, você pode se aprofundar ainda mais nesta aula.
3. A ORDEM EM QUE OS LIVROS FORAM ESCRITOS
Pelo ano de escrita, assim se ordenam os livros: Tiago (45-49 d.C.); Gálatas (cerca de 49 d.C.); 1 e 2 Tessalonicenses (cerca de 51 d.C.); 1 e 2 Coríntios (55-56 d.C.) Marcos (55-65 d.C.); Romanos (cerca de 57 d.C.) e Mateus (por volta do ano 60 d.C.); Lucas (cerca de 60-63 d.C.); 1 Pedro (cerca de 60-63 d.C.); Colossenses, Filemon e Efésios (aproximadamente em 62 d.C.); Filipenses (cerca de 62-63 d.C.); Atos dos Apóstolos (próximo a 63 d.C.); 1 Timóteo (cerca de 65 d.C.); Tito (por volta de 65-66 d.C.); 2 Pedro (cerca de 66-68 d.C.); 2 Timóteo (próximo a 67 d.C.); Hebreus (cerca de 67-69 d.C.); Judas (70-80 d.C.); João; 1, 2 e 3 João (cerca de 85-95 d.C.); e por fim Apocalipse (por volta de 90-96 d.C.).
Sob esta organização temporal, o Evangelho de Marcos foi o primeiro escrito, antes mesmo de Mateus, Lucas e João. A Epístola de Paulo aos Romanos, a primeira na ordem que encontramos em nossas Bíblias, foi na verdade o oitavo livro escrito.
4. A CRONOLOGIA DOS FATOS
Como podemos constatar, assim como no Antigo Testamento, os livros do Novo Testamento foram organizados com o propósito de facilitar o entendimento, e não arrumados pela ordem cronológica em que foram escritos.
As expressões “depois”, “dali”, “no dia seguinte”, “adiante”, etc., indicam continuidade e cronologia dos fatos. Muitas passagens bíblicas iniciam dessa forma, fazendo conexão com um acontecimento anterior. Ao ler a Bíblia em busca de sua cronologia, observe e tome nota dos personagens presentes na narrativa, onde eles estão (cidade, vilarejo, rio, lago, mar, floresta, etc.) e em que tempo estão (manhã, tarde, noite, madrugada, inverno, verão, etc.).
Embora não se tenha precisão de todas as datas, vemos que os primeiros acontecimentos na história do cenário neotestamentário , intercalando os relatos dos evangelistas, foram os que se seguem:
- o anúncio do nascimento de João Batista feito pelo anjo Gabriel a Zacarias e a gravidez de Isabel (Lc 1.5-25);
- o anúncio também feito pelo anjo Gabriel a Maria de que conceberia e daria à luz Jesus (Lc 1.26-38);
- o sonho de José com um anjo do Senhor, que lhe disse para receber Maria como sua esposa (Mt 1.18-25);
- a visita de Maria a Isabel e sua estada na casa de sua prima, por quase três meses (Lc 1.39-56);
- o nascimento de João Batista (Lc 1.57-66);
- o nascimento de Jesus (Lc 2,1-7);
- a visita dos pastores a José, Maria e Jesus (Lc 2.8-20);
- a circuncisão e apresentação de Jesus (Lc 2.21-40);
- a visita dos magos do Oriente (Mt 2.1-12);
- a fuga da família para o Egito e a matança dos inocentes a mando de Herodes (Mt 2.13-18);
- A volta da família do Egito (Mt 2.19-23);
- Jesus, aos 12 anos, entre os doutores em Jerusalém (Lc 2.41-52);
- João prega no deserto e batiza no Jordão (Mt 3.1-12; Mc 1.1-8; Lc 3.1-18; Jo 1.6-8, 15-28);
- O batismo de Jesus no Jordão e a tentação no deserto (Mt 3.13-17; 4.1-11; Mc 1.9-13; Lc 3.21,22; 4.1-13; Jo 1.32-34);
- Jesus chama os primeiros apóstolos, os irmãos André e Pedro (Jo 1.35-42; Mt 4.12-20; Mc 1.14-18), os irmãos Tiago e João (Mt 4.21,22; Mc 1.19,20), e Filipe (Jo 1.43-51);
- a transformação da água em vinho nas bodas em Caná da Galileia (Jo 2.1-12);
- a cura de um endemoninhado em Cafarnaum (Mc 1.21-28; Lc 4.31-37);
- a cura da sogra de Pedro (Mc 1.29-39; Lc 4.38,39; Mt 8.14,15);
- A cura do paralítico em Cafarnaum (Mt 9.1-8; Mc 2.1-12; Lc 5.17-26);
- A vocação de Levi (Mateus) – (Mt 9.9-13; Mc 2.14-17; Lc 5.27-32).
A partir dessa pequena amostra, considerando a possibilidade de alternativas de outros arranjos cronológicos, esperamos que você se sinta ainda mais motivado a estudar e compreender este sagrado e valioso livro que é a Bíblia.
SUBISÍDIO
Implicações para o professor cristão. Os professores comprometidos precisam não só do conteúdo da Bíblia, como também dos métodos criativos. A Bíblia fornece exemplos de ensino individual, em grupo pequeno ou em grupo grande. Ela apresenta várias formas de palestras, sermões, análises e metodologias de perguntas e respostas. Os que ensinam têm de estar preparados com a Palavra de Deus na ponta da língua em todas as circunstâncias. O ensino eficaz requer o domínio de um campo temático, habilidades de apresentação e o profundo desejo de ver os resultados do ensino dentro e fora de sala de aula. O caminho para dominar as lições de Deus é permanecer alegremente em Jesus, assim como João permaneceu: é almejar e meditar na Bíblia dia e noite, assim como Davi fez (Sl 67,73, 119, 145); é receber humildemente a correção de Deus, assim como Moisés recebeu (Dt 32–33) e seguiu Jesus suficientemente de perto para ser coberto por seu sangue, assim como Simão de Cirene seguiu (Lc 23.26)” (LINHART, Terry. Ensinando as Próximas Gerações: o Guia Definitivo do Professor de Jovens, Led. Rio de Janeiro: CPAD. 2018, p53).
Conheça os seus alunos
Professor(a), tenha atenção ao nível de escolaridade dos seus alunos, pois, embora tenham a mesma faixa etária, podem estar inseridos em realidades distintas. Alguns juvenis entre 15 e 17 anos já estão concluindo o Ensino Médio. Contudo, há também os que ainda estão no Ensino Fundamental; outros tantos que são analfabetos funcionais ou possuem alguma limitação cognitiva; e até mesmo os que evadiram da escola secular. Nestes casos, a atenção precisa ser ampliada. Faça tudo o que estiver ao seu alcance, a fim de que nenhum dos seus alunos se sinta excluído. Incentive-os e ajude-os individualmente, se preciso, até compreenderem todo o conteúdo das lições. Portanto, conheça a realidade de cada aluno, converse, motive-os, demonstre que você se importa com eles para além da ED. Esteja certo de que tal empenho terá repercussão tanto aqui quanto na Eternidade.
PARA CONCLUIR
Como tem frisado ao longo de nosso estudo, a sabedoria do alto atrai tesouros aqui e no porvir. Esteja certo de que o conhecimento e a prática da Palavra de Deus o abrirão portas que nenhuma outra ciência ou bem material será capaz de proporcionar. Então, dedique-se a estudar as Sagradas Escrituras. Permita que ela o ensine, oriente, corrija e guie todos os seus passos na justiça divina e, assim, por onde quer que você andar, será bem-sucedido (Cf. 2 Tm 3.16,17)
HORA DA REVISÃO
1 – Até 100 d.C., o que os crentes consideravam como a Palavra de Deus?
R.: Os livros do Antigo Testamento.
2 – Que fatos do AT Jesus menciona em Mateus 23.35?
R.: As mortes de Abel e Zacarias (Gn 4.8; 2 Cr 24.20).
3 – Quando ocorreu a aprovação definitiva do cânon do Novo Testamento?
R.: Em 397 d.C., no III Concilio de Cartago.
4 – Por ordem cronológica, qual foi o primeiro livro do Novo Testamento?
R.: Tiago.
5 – Que anúncio marcou o primeiro evento cronológico do Novo Testamento?
R.: O anúncio do nascimento de João Batista feito pelo anjo Gabriel a Zacarias e a gravidez de Isabel (Lc 1.5-25).
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